Título: Sabedoria de Deus para uma vida vitoriosa — A atualidade de Provérbios e Eclesiastes
Comentarista: José Gonçalves
Lição 1: O valor dos bons conselhos
Lição 2: Advertências contra o adultério
Lição 3: Trabalho e prosperidade
Lição 4: Lidando de forma correta com o dinheiro
Lição 5: O cuidado com aquilo que falamos
Lição 6: O exemplo pessoal na educação dos filhos
Lição 7: Contrapondo a arrogância com a humildade
Lição 8: A mulher virtuosa
Lição 9: O tempo para todas as coisas
Lição 10: Cumprindo as obrigações diante de Deus
Lição 11: A ilusória prosperidade dos ímpios
Lição 12: Lança o teu pão sobre as águas
Lição 13: Tema a Deus em todo o tempo
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Lição 1: O valor dos bons conselhos
Data: 06 de Outubro de 2013
TEXTO ÁUREO
“O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução” (Pv 1.7).
VERDADE PRÁTICA
Provérbios e Eclesiastes são verdadeiras pérolas da sabedoria divina para o nosso bom viver.
HINOS SUGERIDOS
584, 629, 631.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 1.2
A sabedoria revela prudência

Terça - Pv 1.3
A sabedoria oferece justiça, juízo e equidade

Quarta - Pv 1.4
A sabedoria traz conhecimento

Quinta - Pv 1.5
A sabedoria gera sábios conselhos

Sexta - Pv 1.6
A sabedoria interpreta a vida

Sábado - Pv 1.7
O temor do Senhor e a sabedoria
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios 1.1-6.
1 - Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel.
2 - Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras da prudência;
3 - para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade;
4 - para dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso;
5 - para o sábio ouvir e crescer em sabedoria, e o instruído adquirir sábios conselhos;
6 - para entender provérbios e sua interpretação, como também as palavras dos sábios e suas adivinhações.
INTERAÇÃO
Prezado professor, iniciaremos mais um
trimestre, o último do ano. Esta é uma excelente oportunidade para fazer
uma autoanálise a respeito do seu ministério de ensino. Seus objetivos
foram alcançados? Seus alunos cresceram na graça e no conhecimento de
Deus? Neste trimestre estudaremos parte da literatura sapiencial
judaica, isto é, os livros de sabedoria dos judeus que tratam dos
conselhos divinos para a vida humana. Veremos o quanto eles são atuais e
relevantes em seus ensinamentos.
O comentarista deste trimestre é o pastor José
Gonçalves, professor de Teologia, filósofo, escritor e vice-presidente
da Comissão de Apologética da CGADB.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Conhecer o conceito geral dos livros de Provérbios e Eclesiastes.
- Identificar as fontes da sabedoria dos sábios antigos.
- Compreender o propósito da sabedoria ensinada em Provérbios e Eclesiastes.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para introduzir o primeiro tópico da lição,
sugerimos que você reproduza o esquema abaixo. É importante que todos os
alunos tenham uma cópia do quadro. O objetivo é fazer um resumo a
respeito dos elementos literários presentes nos livros dos Provérbios e
do Eclesiastes. Explique aos alunos que quando estes livros foram
compilados nos tempos bíblicos, a cultura, a língua e o estilo literário
eram opostos aos da literatura moderna. Compreender o estilo literário
usado pelo compilador antigo é essencial para entendermos o sentido real
do texto e evitarmos interpretações mirabolantes.
CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS DOS LIVROS DE:
PROVÉRBIOS
1. O estilo literário do livro dos Provérbios é pelo menos dois: Provérbio e Instrução.
2. Provérbios: A expressão é de difícil
definição, mas suas características são singulares: a) concisão; b)
sagacidade; c) forma memorável; d) base na experiência; e) verdade
universal; f) objetivo prático e longo uso. Quase sempre, o provérbio é
descrito como poético ou rítmico, com metáforas sucintas, vivazes,
convincentes e admiráveis.
3. Instrução: Quase sempre articulada como o
legado de um pai ao filho, ou do mestre ao discípulo, que incluem ordens
de proibições e as motivações pelos quais eles devem obedecer.
ECLESIASTES
1. O livro se divide em quatro partes: a primeira, a central, a segunda e o epílogo.
2. Primeira parte [1.1 — 3.15]. Reflexões bem organizadas sobre a vida, acompanhadas de um poema enternecedor sobre o tempo.
3. Parte central [3.16 — 11.8]. Alguns provérbios aparecem. De vez em quando uma parábola e poesia também.
4. Segunda parte [11.9 — 12.8]. Há uma mudança de tom. A ideia é dar esperança ao jovem, pois a velhice chega depressa demais.
5. O epílogo [vv.9-14]. Esta seção é a justificativa de como o pregador ensinou ao povo provérbios e ensinos verdadeiros e com clareza.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Sabedoria: Grande instrução; ciência, erudição, saber.
Lembro-me dos ditados populares que ouvia dos meus
pais: “Águas passadas não movem moinhos”; “Água mole em pedra dura tanto
bate até que fura”; “Quem espera sempre alcança”, e muitos outros.
Essas pequenas expressões contêm conselhos de uma cultura popular
impregnada de valores éticos, morais e sociais, que acabam por dirigir
as regras da vida em sociedade.
Mais do que qualquer outra fonte, a Bíblia está
recheada dessas pérolas. São bons conselhos que revelam a sabedoria
divina. Tais máximas bíblicas são expressas em linguagem figurada, das
mais variadas formas (parábolas, fábulas, enigmas e provérbios). Por
isso, neste trimestre, conheceremos o que a Bíblia revela sobre os
conselhos divinos contidos nos livros de Provérbios e Eclesiastes.
Veremos ainda como esses conselhos se revelam na vida dos que temem ao
Senhor.
I. JOIAS DA LITERATURA SAPIENCIAL
1. O livro de Provérbios. A Bíblia diz que
Salomão compôs “três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e
cinco” (1Rs 4.32). O texto sagra do identifica Salomão como o principal
autor do livro de Provérbios (Pv 1.1), mas não o único. O próprio
Salomão exorta a que se ouça “as palavras dos sábios” (Pv 22.17), e
declara fazer uso de alguns dos provérbios desses sábios anônimos (Pv
24.23).
O livro revela que havia alguns provérbios de
Salomão que circulavam nos dias do rei Ezequias, e que posteriormente
foram compilados pelos homens deste piedoso rei (Pv 25.1).
Por último, o livro de Provérbios revela que Agur,
filho de Jaque, de Massá, é o autor do capítulo 30. Já o capítulo 31 é
atribuído ao rei Lemuel de Massá. O livro pertence ao gênero literário
hebreu conhecido como sapiencial, isto é, literatura da sabedoria.
2. O livro de Edesiastes. Eclesiastes,
juntamente com Cantares, Jó, Salmos e Provérbios, também faz parte do
gênero literário conhecido como “Literatura Sapiencial”. Sua autoria é
atribuída a Salomão (Ec 1.1). Embora escrito pelo filho de Davi e
pertença ao mesmo gênero literário, o livro de Eclesiastes possui um
estilo diferente de Provérbios. Ele se apresenta como um discurso usado
em assembleias ou templos. Alguns intérpretes acreditam que se trata de
uma coletânea utilizada por Salomão em seus discursos.
Ao contrário do que muitos pensam, o livro de
Eclesiastes não expõe uma espécie de ceticismo ou desencanto
existencial. Salomão faz um balanço da vida do ponto de vista de alguém
que teve o privilégio de vivê-la com intensidade, mas que descobre ser
ela totalmente vazia se não vivida em Deus. A própria sabedoria, tão
celebrada nos Provérbios, quando posta a serviço de interesses pessoais e
objetivos mesquinhos é tida como tola.

SINOPSE DO TÓPICO (I)
Provérbios e Eclesiastes são livros de sabedoria judaica que revelam os desígnios eternos para a vida.

II. A SABEDORIA DOS ANTIGOS
1. A inteligência dos sábios. Já observamos
que pelo menos duas referências do livro de Provérbios fazem citação das
“Palavras dos Sábios” (Pv 22.17; 24.23). Mas quem são esses sábios? O
texto não os identifica. Todavia, o Primeiro Livro dos Reis fala acerca
de outros sábios, igualmente famosos, e como Salomão os sobrepujou em
sabedoria (1Rs 4.29-31).
2. A sabedoria de Salomão. O escritor
americano Eugene Peterson mostra a singularidade da sabedoria salomônica
em diferentes áreas da vida. Mais especificamente nos Provérbios, há
uma amostra de como honrar os pais, criar os filhos, lidar com o
dinheiro, conduzir a sexualidade, trabalhar e exercitar liderança, usar
bem as palavras, tratar os amigos com gentileza, comer e beber
saudavelmente, bem como cultivar emoções e atitudes em relação aos
outros de modo pacífico. Peterson ainda mostra que o princípio da
sabedoria salomônica destaca que o nosso modo de pensar e
corresponder-nos com Deus reflete a prática cotidiana de nossa
existência. Isto significa que nada, em nossa vida, precede a Deus. Sem
Ele nada podemos fazer.

SINOPSE DO TÓPICO (II)
A sabedoria dos antigos, e particularmente a de Salomão, versava sobre diferentes áreas da vida humana.

III. AS FONTES DA SABEDORIA
1. A sabedoria popular. Os livros poéticos
mostram, entre outras coisas como louvores e orações, muito da sabedoria
do povo de Israel. Ciente dessa verdade, Salomão apresenta máximas
populares para compor os seus Provérbios (Pv 22.17; 24.23). Podemos
entender que Deus dá inteligência aos homens para que estes possam
analisar as situações da vida e tirar delas conclusões que servirão para
si mesmos e para outras pessoas, em forma de conselhos e advertências,
como ocorre no livro de Provérbios.
2. A sabedoria divina. O texto bíblico
destaca que Salomão “falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano
até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais, e das
aves, e dos répteis, e dos peixes. E vinham de todos os povos a ouvir a
sabedoria de Salomão e de todos os reis da terra que tinham ouvido da
sua sabedoria” (1Rs 4.33,34). De onde vinha tanta sabedoria? O texto
bíblico revela que Salomão orou pedindo a Deus sabedoria (1Rs 3.9), e
que o Senhor respondeu-lhe integralmente (1Rs 3.10-12). Esta é a fonte
da sabedoria de Salomão e explica o porquê de ninguém conseguir
superá-la.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
A fonte de toda sabedoria do rei Salomão era o Senhor nosso Deus.

IV. O PROPÓSITO DA SABEDORIA
1. Valores éticos e morais. Na introdução do
livro de Provérbios, encontramos um conjunto de valores éticos e morais
que revelam o propósito desses conselhos. Ali, consta todo o objetivo
proposto pelo livro: (1) Conhecer a sabedoria e a instrução; (2)
entender as palavras da prudência; (3) receber a instrução do
entendimento, a justiça, o juízo e a equidade; (4) dar aos simples
prudência e aos jovens conhecimento e sensatez; (5) ouvir e crescer em
sabedoria; (6) adquirir sábios conselhos; (7) compreender provérbios e
sua interpretação, bem como também as palavras dos sábios e suas
metáforas (Pv 1.1-6).
2. Valores espirituais. Além de apontar
valores éticos e morais, ao afirmar que o “temor do Senhor é o princípio
da ciência; [e que somente] os loucos desprezam a sabedoria e a
instrução” (Pv 1.7), o cronista sacro abaliza os valores espirituais que
sobressaem nas palavras de Provérbios. Da mesma forma, o livro de
Eclesiastes aponta para Deus como a razão de toda a existência humana.
Fora dele não há base segura para uma moral social. Os livros de
Provérbios e Eclesiastes formam uma tessitura milenar no contexto
religioso judaico que, adaptado à nossa realidade, apresentam conselhos
práticos para a vida cotidiana de todos os homens.

SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O propósito da sabedoria
nos livros de Provérbios e Eclesiastes é constituir um conjunto de
valores éticos, morais e espirituais para a vida.

CONCLUSÃO
A literatura sapiencial, representada neste
trimestre pelos livros de Provérbios e Eclesiastes, revela que o temor
do Senhor é o fundamento de todo o saber. Ninguém pode ser considerado
sábio se os seus conselhos não revelarem princípios do saber divino.
Segundo a Bíblia, um sábio não se caracteriza apenas por ter muita
informação ou inteligência, mas é alguém que aprendeu o temor do Senhor
como a base de toda sua vida e, por isso, sabe viver e conviver (Tg
3.13-18).
VOCABULÁRIO
Desencanto Existencial: Desgosto ou decepção com a realidade vivida, isto é, com a vida.
Tessitura: Modo como estão interligadas as partes de um todo; organização, contextura.
Sétuplo: Numeral que vale sete vezes o outro.
Epítome: A síntese, o resumo.
Tessitura: Modo como estão interligadas as partes de um todo; organização, contextura.
Sétuplo: Numeral que vale sete vezes o outro.
Epítome: A síntese, o resumo.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé Solidificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
EXERCÍCIOS
1. O que o livro de Provérbios revela acerca de Salomão?
R. O livro
revela que havia alguns provérbios de Salomão que circulavam nos dias
do rei Ezequias. Posteriormente, eles foram compilados pelos homens
desse rei (Pv 25.1).
2. Embora pertença ao mesmo gênero literário de sabedoria judaica, qual a diferença entre Eclesiastes e Provérbios?
R. Diferentemente de Provérbios, Eclesiastes apresenta-se como um discurso usado em assembleias ou templos.
3. Além de louvores e orações, o que os livros poéticos mostram?
R. Muito da sabedoria do povo de Israel.
4. Cite pelo menos três objetivos propostos na introdução do livro de Provérbios.
R. Conhecer a sabedoria, a instrução; entender as palavras da prudência; adquirir sábios conselhos.
5. Os
livros de Provérbios e Eclesiastes formam uma tessitura milenar no
contexto religioso judaico. Para nós, o que eles falam hoje?
R. Adaptados a nossa realidade, eles apresentam conselhos práticos para a vida cotidiana.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“Livros da Sabedoria
São considerados livros da sabedoria três dos livros
poéticos: Jó, Provérbios e Eclesiastes, embora Jó seja realmente um
livro de espécie única.
Essa classificação é baseada no fato de tratarem
esses três livros dos problemas que mais interessam à humanidade. Jó
trata do problema do sofrimento, Provérbios, do problema do dever moral,
e Eclesiastes, do problema da felicidade.
Os livros chamados de Sabedoria são diferentes da
literatura profética de Israel porque expressam melhor a filosofia dos
pensadores do que as determinações das mensagens de Jeová. Não se
encontra neles a frase: ‘Assim diz o Senhor’, quando falam dos problemas
da vida e das conclusões dos homens.
Os sábios anunciaram as verdades como um tratado de
filosofia moral, usando palavras de profundeza mais elevada do que seus
conhecimentos, de modo que só tempos depois é que puderam ser
interpretadas.
Provérbios e Eclesiastes apresentam principalmente esse fato” (MELO, J. L. Eclesiastes versículo por versículo. RJ: CPAD, 1999, p.12).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Lexicográfico
“Sabedoria [de Cristo]
Embora no Antigo Testamento a sabedoria seja
personificada no livro de Provérbios e mostrada como tendo existido
eternamente em Deus (Pv 8.22-30), ela é centrada em uma pessoa, o Senhor
Jesus Cristo (1Co 1.30; Cl 2.2,3; cf. Lc 11.49).
Cristo, em sua natureza humana, cresceu em
sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens (Lc
2.52), mas em sua natureza divina, repousava sobre ele o Espírito
sétuplo cujo principal atributo é a sabedoria (Is 11.2). Como resultado
os homens perguntaram, ‘Donde veio a este a sabedoria’ (Mt 13.54; Mc
6.2), não percebendo que alguém maior que Salomão estava ali (Mt 12.42).
O apóstolo Paulo escreve que Ele é o poder e a sabedoria de Deus,
destacando que a vida e a morte de Cristo eram o sábio plano de salvação
de Deus (1Co 1.24).
Os gregos, com sua filosofia, buscavam a sabedoria
(1Co 1.22) e produziram grandes homens como Platão e Aristóteles, mas
não vieram a conhecer a Deus. Em contraste, Deus, em sua infinita
sabedoria, usou a Palavra da cruz para revelar o modo como o homem pode
ser salvo. O evangelho provou ser um tropeço para os judeus, que estavam
tentando obter a salvação através das boas obras (Rm 9.30-33); e ‘uma
loucura ou insensatez’ (gr. moria,
os pensamentos de um simplório, simples demais para ser aceito como o
verdadeiro conhecimento da salvação) para os gregos cultos. Os judeus
ficavam ofendidos com o pensamento da crucificação, e por serem tão
impotentes a ponto de precisarem que alguém morresse pelos seus pecados.
Os gregos consideravam a simples fé em uma expiação substitutiva um
modo fácil demais para a salvação. Contudo, a morte expiatória do Senhor
Jesus Cristo é o epítome de toda a sabedoria (Ef 3.10), uma vez que ela
resolve o maior problema do mundo e do homem, isto é, o pecado” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1712).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O valor dos bons conselhos
Neste trimestre, teremos a oportunidade ímpar de
estudar os livros de Provérbios e Eclesiastes. São duas pérolas das
Sagradas Escrituras. Provérbios nos ensina a viver de modo sábio e
Eclesiastes nos mostra o verdadeiro sentido da vida.
O livro de Provérbios
O livro de Provérbios é um verdadeiro compêndio de
sabedoria em forma de parábolas. São sentenças curtas, porém carregadas
de significados e verdades que foram aprendidas e ensinadas no dia-a-dia
dos israelitas. Ao estudar este livro, precisamos observar algumas
particularidades importantes:
1. Salomão não foi o único autor dos provérbios,
embora ele tenha escrito uma grande parte (cf. 1.1; 10.1; 25.1). O
próprio Salomão declara: “... também estes são provérbios dos sábios”
(Pv 24.23). Não podemos negar que Salomão foi um dos homens mais sábios
do seu tempo e que proferiu 3 mil provérbios (1Rs 4.32), todavia há
outros autores das citações, como Agur (Pv 30.1) e o rei Lemuel (Pv
31.1). É importante também observar que seus autores pertenceram a
épocas distintas.
2. Os provérbios têm a sua origem nos ditos
populares. Todavia, os provérbios bíblicos são breves declarações que
expressam os conselhos divinos para nós. Podemos afirmar que cada
provérbio é uma parábola resumida e o livro todo é a Palavra de Deus. É
Deus falando por intermédio das circunstâncias da vida.
3. Existem várias formas literárias dentro do livro, como, por exemplo, parábolas, poemas, antíteses e comparações.
O propósito do livro é ensinar os leitores a viverem
de forma justa, correta e ética. O objetivo é levar as pessoas a
expressarem, no seu dia-a-dia, a sabedoria de Deus. Embora o livro
também trate das questões corriqueiras da vida, ele é um convite à busca
da sabedoria que vem do Alto, a sabedoria divina.
O livro de Eclesiastes
Ao ler Eclesiastes 1.1 e o capítulo 2, não temos
dúvida de que Salomão é seu autor. Além disso, tanto a tradição judaica
quanto a cristã conferem a autoria do livro a Salomão.
Eclesiastes é um livro biográfico e durante a sua
leitura percebemos que não existe uma sequência lógica. A impressão que
temos é que os textos foram surgindo de tempos em tempos, como em um
diário. É o relato triste de um homem que, embora sábio, viveu parte da
sua vida longe de Deus. O propósito é mostrar, e em especial aos jovens,
que o sentido da vida não está nos bens materiais, no conhecimento, no
prazer, na fama. O verdadeiro sentido da vida está em Deus, o Criador.